https://drive.google.com/drive/folders/0B6SvzY3stmtTNjJlNmZiYWQtMzY5Ni00Yjg2LThkNzItYjY4ZDk3ZmJmNGRm
Globalização e Integração Regional: a importância das redes sociais nacionais, regionais, internacionais e transnacionais[1]
Edélcio Vigna[2]
RESUMO
Este artigo se propõe a relacionar,
do ponto de vista do conceito de sistema-mundo moderno de Wallerstein e da
teoria de processo político de Tarrow e Tilly, a questão da integração regional
latino-americana como um dos desdobramentos políticos do processo de
globalização do mercado, controlado pelas grandes corporações dos Estados
centrais, que possibilitou às redes sociais heterogêneas a percepção de uma
abertura de oportunidade e ameaça política que as conduziu pelas múltiplas
trajetórias da transnacionalidade. A abordagem metodológica utilizada é
qualitativa e histórica.
Palavras-chave: Sistema-mundo; Aliança Social Continental; redes
transnacionais.
RESUMEN
Este artículo tiene como objetivo relacionar,
desde el punto de vista del concepto del moderno sistema mundial de Wallerstein
y la teoría del proceso político Tarrow y Tilly, el tema de la integración regional
de América Latina como uno de los acontecimientos políticos en el proceso de
globalización de mercado, controlado por grandes corporaciones de los países centrales,
lo que permitió las redes sociales heterogéneos la percepción de una ventana de
oportunidad y amenaza política que llevó a los múltiples trayectorias de la
transnacionalidad. El enfoque metodológico es cualitativo e histórico.
Palavras-chave: Sistema-Mundo; Alianza Social Continental;
redes transnacionales.
“A descoberta
de que a terra se tornou mundo, de que o globo não é mais uma figura
astronômica, e sim o território no qual todos se encontram relacionados e
atrelados, diferenciados e antagônicos – essa descoberta surpreende, encanta e
atemoriza”.
Octávio Ianni, 1995:13.
I)
Introdução
Esse temeroso encantamento de Ianni é uma percepção
concreta, ou seja, “é o fundo sobre o qual todos os atos se destacam e a
percepção é pressuposta por eles” (Merleau-Ponty, 1999:06). A interrelações
entre os fatos materiais e imateriais vão continuamente se desdobrando na
medida em que o processo de desenvolvimento do modo de produção capitalista vai
reinventando as formas de apropriação de acordo com a divisão internacional do
trabalho e a expansão das forças produtivas em um cenário globalizado (Dobb,
1977:72). O capitalismo promove e é
promovido pela contínua revolução tecnológica, cujo impacto sobre a forma de
produção, distribuição e consumo, é associado aos saltos qualitativos na área
da comunicação e informação. Esse desenvolvimento do capitalismo reinventa novas
fronteiras e redesenha o mapa mundial sem dissolver os Estados nacionais. Os Estados
nacionais continuam, nesta composição do sistema-mundo contemporâneo “a serem
os atores fundamentais da realidade em que vivemos”, de acordo com Carlos Eduardo
Martins (2001:17). Essa capacidade das forças sociais capitalistas de articular
mecanismos hegemônicos sem necessariamente destruir o modo de produção e as
culturas tradicionais facilita a sua expansão que vai se impondo por meio do
aumento da escala de produção junto ao mercado internacional. O capital, ao se impor
em todas as dimensões, repagina o mapa mundial do final do século XX ao
desbaratar os impérios coloniais e abrir espaços para novas formas de
exploração, que começam a se consolidar no século XXI. A nova configuração do
mercado econômico global e os processos de internacionalização do capital estabelece
novo marco de regulação do mercado internacional, que tem como base os tratados
de livre comércio (TLC) e os blocos de integração regional.
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