6 de dez. de 2016

Globalização e Integração Regional: a importância das redes sociais nacionais, regionais, internacionais e transnacionais


https://drive.google.com/drive/folders/0B6SvzY3stmtTNjJlNmZiYWQtMzY5Ni00Yjg2LThkNzItYjY4ZDk3ZmJmNGRm

Globalização e Integração Regional: a importância das redes sociais nacionais, regionais, internacionais e transnacionais[1]


Edélcio Vigna[2]

RESUMO
Este artigo se propõe a relacionar, do ponto de vista do conceito de sistema-mundo moderno de Wallerstein e da teoria de processo político de Tarrow e Tilly, a questão da integração regional latino-americana como um dos desdobramentos políticos do processo de globalização do mercado, controlado pelas grandes corporações dos Estados centrais, que possibilitou às redes sociais heterogêneas a percepção de uma abertura de oportunidade e ameaça política que as conduziu pelas múltiplas trajetórias da transnacionalidade. A abordagem metodológica utilizada é qualitativa e histórica.
Palavras-chave: Sistema-mundo; Aliança Social Continental; redes transnacionais.

RESUMEN
Este artículo tiene como objetivo relacionar, desde el punto de vista del concepto del moderno sistema mundial de Wallerstein y la teoría del proceso político Tarrow y Tilly, el tema de la integración regional de América Latina como uno de los acontecimientos políticos en el proceso de globalización de mercado, controlado por grandes corporaciones de los países centrales, lo que permitió las redes sociales heterogéneos la percepción de una ventana de oportunidad y amenaza política que llevó a los múltiples trayectorias de la transnacionalidad. El enfoque metodológico es cualitativo e histórico.
Palavras-chave: Sistema-Mundo; Alianza Social Continental; redes transnacionales.



 “A descoberta de que a terra se tornou mundo, de que o globo não é mais uma figura astronômica, e sim o território no qual todos se encontram relacionados e atrelados, diferenciados e antagônicos – essa descoberta surpreende, encanta e atemoriza”.
Octávio Ianni, 1995:13.
I)                  Introdução
Esse temeroso encantamento de Ianni é uma percepção concreta, ou seja, “é o fundo sobre o qual todos os atos se destacam e a percepção é pressuposta por eles” (Merleau-Ponty, 1999:06). A interrelações entre os fatos materiais e imateriais vão continuamente se desdobrando na medida em que o processo de desenvolvimento do modo de produção capitalista vai reinventando as formas de apropriação de acordo com a divisão internacional do trabalho e a expansão das forças produtivas em um cenário globalizado (Dobb, 1977:72).  O capitalismo promove e é promovido pela contínua revolução tecnológica, cujo impacto sobre a forma de produção, distribuição e consumo, é associado aos saltos qualitativos na área da comunicação e informação. Esse desenvolvimento do capitalismo reinventa novas fronteiras e redesenha o mapa mundial sem dissolver os Estados nacionais. Os Estados nacionais continuam, nesta composição do sistema-mundo contemporâneo “a serem os atores fundamentais da realidade em que vivemos”, de acordo com Carlos Eduardo Martins (2001:17). Essa capacidade das forças sociais capitalistas de articular mecanismos hegemônicos sem necessariamente destruir o modo de produção e as culturas tradicionais facilita a sua expansão que vai se impondo por meio do aumento da escala de produção junto ao mercado internacional. O capital, ao se impor em todas as dimensões, repagina o mapa mundial do final do século XX ao desbaratar os impérios coloniais e abrir espaços para novas formas de exploração, que começam a se consolidar no século XXI. A nova configuração do mercado econômico global e os processos de internacionalização do capital estabelece novo marco de regulação do mercado internacional, que tem como base os tratados de livre comércio (TLC) e os blocos de integração regional.

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