A
estrutura de oportunidade política e cultural: a criação da Rede Brasileira de
Integração dos Povos (Rebrip)[1]
https://docs.google.com/document/d/10QDVt6AWTmNGfrYZ5Fgp5IjCdSE4kdqEPu5qTGsK9JE/edit
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Edélcio
Vigna
Doutorando no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre
as Américas (CEPPAC), vinculado ao Instituto de Ciências Sociais (ICS) da
Universidade de Brasília (UnB). 2015.
RESUMO
O foco deste artigo é analisar a partir do enfoque
relacional como a estrutura de oportunidade política e ameaças - enquanto um
dos conceitos que constituem a teoria do processo político - foi percebido por
diversos atores sociais e como essa percepção contribuiu para a criação da Rede
Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip). No sentido de ampliar o escopo da
teoria da ação coletiva incorporei algumas das observações críticas das teorias racionalistas
e culturalistas, a fim de obter uma perspectiva mais dinâmica e
cultural da teoria do processo político.
Palavras-chave: Rebrip; Aliança Social
Continental; redes transnacionais; sociedade civil; comércio; redes sociais; ação
em dupla escala; teoria do processo político, racionalismo, culturalismo.
A última
década dos anos de 1990 trouxe inúmeras novidades no campo das ações coletivas.
As organizações sociais brasileiras, impulsionadas por uma nova conjuntura
política, não só se multiplicaram (Scherer-Warren, 2006:111; Gohn, 2011:338),
mas também começaram a se manifestar em blocos heterogêneos. A defesa dos
direitos já conquistados na Constituição de 1988 e a necessidade de conquistar
novos direitos, tais como sexuais, raciais, identitários entre outros, ganharam
espaços nas agendas das redes, fóruns ou articulações sociais.